Múltiplas Dores Debilitantes – Novo estudo global mostra que a experiência da endometriose está enraizada na genética de uma pessoa.

Pesquisadores do Universidade de Oxford em colaboração com 25 equipes em todo o mundo publicaram o maior estudo até o momento sobre a base genética de #endometriose.

Muito pouco se sabe sobre as causas da endometriose, e estudar a genética – comparando o código de DNA em mulheres com e sem a doença – pode nos dar pistas sobre os processos biológicos que são a base para o início e a progressão. O estudo incluiu DNA de 60.600 mulheres com endometriose e 701.900 controles.

Ao conduzir o maior estudo genético já realizado, os pesquisadores encontraram 42 áreas em todo o genoma que abrigam variantes que aumentam o risco de endometriose. Ao vincular essas variantes aos perfis de moléculas no endométrio e no sangue, eles identificaram uma gama de genes que se expressavam de maneira diferente nesses tecidos e, portanto, tinham um papel provável no desenvolvimento da doença.

O que eles observaram em particular é que muitos dos genes envolvidos desempenham um papel na percepção e manutenção da dor. De fato, eles descobriram que havia uma base genética compartilhada para a endometriose e uma variedade de outros tipos de dor crônica, como enxaqueca, dor nas costas e dor em vários locais. Isso pode estar relacionado à chamada sensibilização do sistema nervoso central, que torna os indivíduos que sofrem de dor crônica mais propensos a outros tipos de dor.

Os resultados abrem novos caminhos para a concepção de novos tratamentos médicos direcionados aos subtipos de endometriose, ou mesmo para o reaproveitamento de tratamentos de dor existentes para a endometriose.

Nilufer Rahmioglu foi apoiado por uma bolsa do Wellbeing of Women UK (RG2031) e pelo projeto financiado pela EU Horizon 2020 projeto FEMaLe (ID 101017562).

A base genética da endometriose e comorbidade com outras dores e condições inflamatórias